Sentença de 19 anos de prisão por matar a mãe com 7 facadas na Póvoa de Varzim
Vítima de 79 anos tentava que filho de 45 anos deixasse vício do álcool e que fosse trabalhar. Sentença de 19 anos de prisão deve-se a crime revestido de «especial perversidade».
O homem que matou a mãe de 79 anos com sete facadas na casa onde viviam, no Bairro Alberto Sampaio da Póvoa de Varzim, foi condenado esta quinta-feira, 25 de junho, a 19 anos de prisão. O Tribunal de Matosinhos classifica o homicídio, ocorrido em junho do ano passado, foi revestido de «especial perversidade«. Paulo Jorge Nunes, de 45 anos, estava «ciente do que fazia» à mãe, idosa e doente, e «tinha o dever de a proteger», considera o tribunal. Por não se terem apurado maus-tratos físicos ou psicológicos sobre Emília Simões, o arguido foi absolvido pela acusação de violência doméstica e ameaça. No final do jugamento, a defesa lança dúvidas sobre o exame psiquiátrico «feito por telefone» e anunciou que vai recorrer da sentança.
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Sentença atenuada por homicida se ter entregado à PSP com a arma do crime
Paulo Jorge vivia com a mãe. Citada pelo JN esta sexta-feira, uma vizinha diz que «a idosa, com muitas limitações físicas, fugia muitas vezes para casa dela quando o filho a ameaçava». O homicida teria «problemas de alcoolismo». Em tribunal, a irmã de Paulo Jorge Nunes contou ter sido também ameaçada sempre que o confrontava com o desaparecimento de dinheiro em casa. A 17 de junho de 2019, após o lanche, Paulo «agrediu a idosa na testa e nas costas com sete facadas». Depois, «com a faca de cozinha na mão», entregou-se à PSP. Aos agentes, entregou a arma «cheia de sangue» e disse que apenas se lembrava de que a mãe «estava a embirrar» com ele «por não trabalhar» – facto que poderá ter atenuado a pena, que poderia ter sido de 25 anos de prisão, a mais grave penitência prevista no código penal.
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