A revoltante história da jovem que foi sequestrada, violada e tatuada durante dois meses
Rapariga de 17 anos foi raptada e violada por vários homens durante o Ramadão.
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Khadija, de 17 anos, foi sequestrada, violada e tatuada. A adolescente contou o que passou durante dois meses numa entrevista a uma estação de televisão em que mostrou marcas de queimaduras e tatuagens feitas pelos agressores. Os sequestradores tatuaram suásticas e figuras obscenas na sua pele.
Khadija, uma jovem marroquina, conta que durante o Ramadão, foi passar um mês com a tia e quando chegou à porta de casa dela, um grupo de homens a raptou. Levaram-na para um quarto vazia e mantiveram-na lá por dois meses. A jovem diz que era mais de uma dezena de homens.
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Durante esse período foi violada e torturada. Passou fome e sede e não a deixavam tomar banho. Foi o pai da jovem de 17 anos que acabou por conseguir fazer um acordo com os raptores para que a libertassem. Para tal, Khadija teve de prometer que não contaria nada a ninguém.
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A história desta adolescente acabou por se tornar pública e em Marrocos, onde aconteceu o crime, mais de 25 mil pessoas assinaram uma petição. Nela, pediam para que o rei Mohammed cuidasse dos danos físicos e psicológicos de Khadija.
«Quero justiça pelo que eles me fizeram», pediu a rapariga violada, com o rosto escondido
Pelo menos 12 homens foram detidos por suspeita de envolvimento neste caso, avança a agência AFP. «Um rapaz violou-me primeiro. Depois, os restantes, um a um. A minha vida está destroçada. Não posso sair à rua, sinto-me totalmente ultrajada», concedeu a jovem. Em 2014, o parlamento marroquino aprovou uma emenda ao Código Penal que permite aos violadores de raparigas menores de idade escaparem à acusação se casarem com as vítimas.
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