Sindicato de enfermeiros anuncia «greve geral, prolongada e muito dura»

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) anunciou hoje a realização em abril de uma “greve geral, prolongada e muito dura”, depois de uma reunião com o Governo que marca o início de um período de negociações.

Sindicato de enfermeiros anuncia «greve geral, prolongada e muito dura»

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) anunciou esta quinta-feira, 7 de março, a realização em abril de uma “greve geral, prolongada e muito dura”, depois de uma reunião com o Governo que marca o início de um período de negociações.

O presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, disse no final da reunião que a greve é para que “de uma vez por todas se entenda que os enfermeiros querem negociar, mas querem negociações sérias”, acrescentando que será em abril, mas sem anunciar a data.

Carlos Ramalho disse à Lusa que a data da greve será anunciada na sexta-feira, quando está marcada uma marcha em Lisboa em homenagem aos enfermeiros.

Enfermeiros não abandonam a luta

Mais de 5000 cirurgias foram adiadas na segunda greve dos enfermeiros em blocos operatórios, paralisação que terminou na passada quinta-feira, 28 de fevereiro, e que levou o Governo a decretar uma requisição civil e a publicar um parecer para travar o efeito prático da greve.

Esta segunda paralisação decorreu em sete centros hospitalares entre final de janeiro e hoje, tendo sido alargada a mais três hospitais a partir de 8 de fevereiro.

A greve arrancou depois de dois sindicatos de enfermeiros terem terminado as reuniões negociais com o Governo sem consenso, sobretudo na questão do descongelamento das progressões da carreira, no aumento do salário base e respetivas progressões e na antecipação da idade da reforma.

Tratou-se da segunda greve cirúrgica marcada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor) e pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), depois de uma paralisação idêntica que, no fim do ano passado, durou quase mês e meio e levou ao adiamento de mais de 7.500 cirurgias em cinco hospitais, com custos superiores a 12 milhões de euros para as unidades de saúde.

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