ÚLTIMA HORA! Mais 5 vítimas encontradas com vida após rutura em barragem no Brasil
O governador brasileiro afirmou que as hipóteses de encontrar sobreviventes entre as cerca de 300 pessoas desaparecidas, após a rutura de uma barragem em Brumadinho, eram «mínimas».
O governador do Estado de Minas Gerais, no Brasil, afirmou que as hipóteses de encontrar sobreviventes entre as cerca de 300 pessoas desaparecidas, após a rutura de uma barragem em Brumadinho, eram «mínimas», mas na última hora, de acordo com informação dos bombeiros, mais cinco vítimas foram encontradas com vida. «A polícia, o corpo de bombeiros e os militares estão a fazer tudo para salvar o maior número possível de sobreviventes, embora se saiba que as hipóteses são mínimas e provavelmente apenas encontraremos mais corpos», disse o governador Romeu Zema, que se deslocou para o local.
Pelo menos sete mortos já tinham sido confirmados após a rutura de uma barragem numa mina da empresa Vale, em Brumadinho, que causou um rio de lama e de resíduos minerais, soterrando as instalações da empresa e destruindo diversas casas na zona. «Segundo informações confirmadas pelos bombeiros, sete corpos já foram localizados. Ainda não há a identificação das pessoas que morreram», referiu o Governo do Estado de Minas Gerais em comunicado. O documento acrescenta que nove pessoas foram retiradas com vida da lama e que cerca de cem que ficaram isoladas foram resgatadas.
Perto de 300 pessoas foram resgatadas e outras 300 continuam desaparecidas, após a rutura de uma barragem no Brasil
«Segundo dados transmitidos pelo representante da Vale ao governador mineiro, havia 427 pessoas no local, sendo que 279 foram resgatadas vivas. E são cerca de 150 pessoas desaparecidas, no momento, com vinculação à empresa», acrescenta o documento. São cerca de cem os bombeiros que estão no local e o contingente será aumentando para o dobro em breve, existindo também helicópteros e outros meios a participar nas buscas. O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou que vai sobrevoar hoje a área afetada pela rutura da barragem. Bolsonaro garantiu que o Governo está a «tomar todas as medidas ao seu alcance» para minimizar o sofrimento «dos familiares das possíveis vítimas» e também das questões ambientais.
O Governo já anunciou a criação de um gabinete de crise para ajudar os afetados que envolve vários ministérios, estando vários meios no local a trabalhar. Segundo a empresa mineira Vale, detentora da barragem que rebentou, a área administrativa da empresa foi atingida pela lama, contendo funcionários no seu interior. O presidente do conselho de administração da Vale, Fabio Schartzman, afirmou que desconhece o que esteve na origem da rutura da barragem. «As principais vítimas foram os nossos trabalhadores», disse, referindo que um restaurante foi destruído pela lama à hora de almoço. Fabio Schartzman salientou que o caso de hoje é uma «tragédia humana maior do que aquela que ocorreu em Mariana», mas explicou que os impactos ambientais devem ser menores.
É a segunda tragédia relacionada com rebentamento de barragens sob a responsabilidade da Vale
Há quase três anos, uma das barragens da empresa Samarco, controlada pelos acionistas Vale e BHP, rebentou na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais, originando uma torrente de lama que destruiu fauna, flora e construções ao longo de 650 quilómetros. Este desastre causou 19 mortos, além de ter deixado desalojadas milhares de famílias. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA) considerou que a rutura da barragem em Brumadinho era uma «tragédia anunciada», referindo que já tinha efetuado diversos alertas. A organização não governamental salientou que, desde 2015, quando ocorreu uma tragédia semelhante na cidade de Mariana, também no estado de Minas Gerais, que tem vindo a alertar para os riscos na mina em que ocorreu o acidente na barragem e cuja ampliação foi aprovada apesar das advertências.
«Desde 2015 que inúmeras denúncias foram efetuadas sobre o risco de rompimento de barragens do complexo em Brumadinho, mas mesmo assim teve a sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro passado», referiu a organização em comunicado.
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