T-shirts das Spice Girls contra sexismo são feitas por mulheres que recebem 40 cêntimos à hora

As Spice Girls lançaram uma campanha pela igualdade de género com t-shirts feitas numa fábrica onde as mulheres ganham 40 cêntimos à hora.

T-shirts das Spice Girls contra sexismo são feitas por mulheres que recebem 40 cêntimos à hora

As Spice Girls lançaram, em novembro do ano passado, uma nova campanha para promover a igualdade de género com t-shirts onde se lê «justiça de género».

Agora, o ‘The Guardian’ veio revelar as condições quase desumanas das trabalhadoras que fazem as t-shirts. Numa reportagem publicada a 20 de janeiro, o jornal afirma que a peça de roupa é feita numa fábrica no Bangladesh, onde as mulheres trabalham 54 horas semanais e recebem cerca de 90 euros mensais.

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Por vezes trabalham das oito da manhã à meia-noite, onde o salário se estica e passa a valer pouco mais de 40 cêntimos por hora. Os objetivos são nada mais nada menos do que coser duas mil t-shirts por dia. Além da pressão, as mulheres são insultadas pelos superiores e queixam-se de muitos problemas de saúde como dores nas costas.

As condições económicas em que vivem são tão más que uma das trabalhadoras afirmou que não consegue comprar a roupa necessária para os seus filhos. «É inverno, os meus filhos precisam de roupas quentes, mas nos últimos meses tenho-lhes dito para esperar, porque ainda não tenho dinheiro para as comprar», declarou.

As t-shirts custam 20 euros e o dinheiro angariado é entregue à associação ‘Comic Relief’, uma associação britânica que ajuda a combater a fome na Etiópia. A campanha tem como mote «defender a igualdade das mulheres». Na altura em que foi lançada foram muitas as celebridades que apoiaram esta iniciativa, como o cantor Sam Smith.

 

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As condições são tão exigentes que muitas desmaiam a meio do dia

Segundo o ‘The Gaurdian’, as mulheres recebem salários abaixo do limiar da subsistência no Bangladesh e as condições de trabalho são tão exigentes que muitas desmaiam a meio do dia. A fábrica que as produz pertence a um ministro do Governo do Bangladesh.

«Não há qualquer indicação de que as celebridades estivessem a par das condições da fábrica», refere a mesma publicação. O porta-voz da banda apressou-se a esclarecer que as Spice Girls estão «profundamente chocadas» com esta notícia.

A empresa responsável pela fábrica, a Interstoff Apparels, já se pronunciou e diz que as denúncias apresentadas «simplesmente não são verdade», não adiantando mais pormenores.

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Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais

 

 

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