Suspeito de raptar e matar Maddie abusa de várias crianças no Algarve

Christian Bruckner, o suspeito de violar e matar Maddie, abusava de crianças alemãs que se encontravam numa casa de acolhimento no Algarve.

Um amigo de Christian Bruckner, o suspeito de violar e matar Maddie, revelou que o pedófilo abusava de crianças alemãs que se encontravam numa casa de acolhimento na zona de São Bartolomeu de Messines, no Algarve. De acordo com o Correio da Manhã, a testemunha revelou que Bruckner lhe disse que as raparigas com problemas de comportamento lhe tinham sido encaminhadas por uma mulher, que recebia dinheiro de um programa de reabilitação em Portugal. Às autoridades alemãs, disse que não conhecia a mulher nem foi capaz de identificá-la. “Todas as raparigas vieram da mulher. Tinha sempre lá cinco ou seis meninas da Segurança Social da Alemanha”, disse ao Ministério Público daquele país.

De acordo com o mesmo jornal, as meninas iam de férias para Portugal, onde depois eram ajudadas a integrar-se na sociedade. “Há indícios de que o acusado abusou de crianças no passado”, com as quais terá entrado em contacto através das suas ligações a um lar de acolhimento. As investigações a este “lar para crianças difíceis de criar” revelaram que havia uma instituição em São Bartolomeu de Messines que foi alvo de inquérito por parte das autoridades lusas. No processo, consta a indicação de que estes jovens não estavam “a ser tratados de acordo com os requisitos”.

Confessa desejo de violar crianças

Christian Bruckner tinha conversas regulares com um amigo via Facebook sobre violar crianças. As conversas foram apreendidas pela polícia alemã no âmbito de uma investigação sobre pornografia infantil e o interlocutor denunciou o suspeito alemão como o homem com quem mantinha diálogos longos. As conversas constam do processo alemão, escreve o Correio da Manhã.

«Vou documentar a forma como ela vai ser torturada»

Apesar de ter sido mantidas em 2007 – três anos depois do desaparecimento de Madeleine MacCann – revelam a personalidade do homem que cumpre pena de sete anos de prisão por ter violado uma idosa norte-americana no Algarve. Nas conversas, Bruckner confessa vontade de ter sexo com uma “pequena”, ao que o amigo lhe responde “quem não quer”. O alemão conta ainda que gostaria de “apanhar algo pequeno e poder usá-lo durante dias” e, perante o risco de ser apanhado, atira que “se as provas forem apagadas depois”, não haveria perigo. Mais tarde, dá conta o mesmo jornal, o violador promete ao amigo que quando se encontrarem vai ter novos vídeos para lhe mostrar. “Então vou gravar filmes. Vou documentar exatamente a forma como ela vai ser torturada”, escreveu ainda.

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