Suspeito de matar jovem à porta de discoteca no Algarve conhece hoje decisão do tribunal
O jovem de 21 anos acusado de ter matado a tiro outro jovem que se encontrava a trabalhar numa discoteca em Boliqueime, Loulé, em agosto de 2019, conhece hoje o acórdão do Tribunal de Faro.
O jovem de 21 anos acusado de ter matado a tiro outro jovem que se encontrava a trabalhar numa discoteca em Boliqueime, Loulé, em agosto de 2019, conhece hoje o acórdão do Tribunal de Faro.
O crime remonta à madrugada de 23 de agosto de 2019, quando Lucas Leote, de 19 anos, que pertencia ao ‘staff’ da discoteca Lick, no Algarve, foi atingido mortalmente com um tiro na cabeça, tendo o suspeito do disparo fugido do local.
António Tavares está acusado de um crime de homicídio qualificado, dois crimes de homicídio qualificado na forma tentada, um crime de detenção de arma proibida e um crime de condução de veículo a motor sem habilitação legal.
O arguido, que em tribunal se mostrou arrependido, alegando que não teve intenção de matar, esteve fugido durante cerca de um ano até ser detido nos arredores de Paris e entregue às autoridades portuguesas em agosto do ano passado.
Segundo a acusação, a que a Lusa teve acesso, o crime ocorreu “na sequência de uma discussão ocorrida momentos antes com seguranças do estabelecimento”, tendo o arguido agido para “se vingar”, com o rosto “encoberto por um capacete”.
António Tavares efetuou dois disparos
António Tavares efetuou dois disparos: uma das balas embateu na quina de uma espécie de biombo em alumínio colocado junto à porta da discoteca onde se encontrava a vítima e dois seguranças, e a outra perfurou o alumínio, atingindo Lucas Leote.
O Ministério Público acredita que o arguido fez “pontaria para a zona da cabeça dos indivíduos que se encontravam no local, por aí se alojarem órgãos essenciais à vida, bem sabendo que as balas disparadas iriam penetrar nessa região e que tal conduta era suscetível” de lhes provocar a morte.
A arma de fogo de calibre nove milímetros da qual terão sido feitos os disparos nunca foi recuperada, assim como a bala que atingiu mortalmente a vítima.
A leitura do acórdão está marcada para as 15:00 no Tribunal de Faro.
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