Suspensão dos rastreios do cancro da mama deixa centenas de casos por detetar no Norte
Desde março que não se realizam exames de rastreio do cancro da mama no Norte. No ano passado foram detetados mais de 300 casos.
Passaram seis meses desde que foram suspensos os rastreios do cancro da mama no Norte. Situação preocupante que pode resultar em centenas de casos que ficam por detetar. Algo que pode ser comprovado com uma análise aos números do ano passado. Entre março e setembro de 2019 foram realizados 91 100 exames de rastreio.
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Após o exame inicial, 762 mulheres acabaram por ser encaminhadas para o hospital, de modo a que fossem realizados exames complementares. Destas, mais de 300 tinham realmente cancro da mama. Algo que representa uma percentagem de 80%. Desde março que não se realizam exames de rastreio no Norte. Decisão que está relacionada com a pandemia de covid-19. Só que no resto do País foram retomados os exames de rastreio a partir da segunda quinzena de junho. Algo que ainda não aconteceu no Norte.
Esta decisão está relacionada com a falta de assinatura de um protocolo entre a Liga Portuguesa Contra o Cancro e a Administração Regional de Saúde do Norte. De acordo com informações avançadas pelo JN, a assinatura do protocolo estará por dias. Isto depois de já ter sido ultrapassado mais um prazo pois a assinatura deveria ter acontecido em setembro. Esta suspensão está a afetar os concelhos de Peso da Régua, Feira, Vinhais, Valença, S. João da Madeira, Vila Real, Guimarães, Marco de Canaveses, Valongo, Matosinhos, Braga, Gaia, Viana do Castelo, Famalicão, Felgueiras, Paredes, Vila do Conde e Póvoa de Varzim. A única solução passa por recorrer ao privado para realizar os exames de rastreio.
Foto: Anna Shvets/Pexels
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