Tiroteio em operação contra tráfico de droga faz 25 mortos
O balanço do número de mortos numa operação policial que decorreu na manhã de hoje no Rio de Janeiro subiu para 25, segundo a Defensoria Pública estadual, que está no local a acompanhar.
O balanço do número de mortos numa operação policial que decorreu na manhã de hoje no Rio de Janeiro subiu para 25, segundo a Defensoria Pública estadual, que adiantou estar no local a acompanhar a situação.
“A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informa que está acompanhando com muita atenção os desdobramentos da operação policial que deixou 25 mortos na manhã desta quinta-feira, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio”, indicou o órgão na rede social Twitter.
“Neste momento, a instituição está no local, por meio da sua Ouvidoria e do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, ouvindo os moradores e apurando as circunstâncias da operação, a fim de avaliar as medidas individuais e coletivas a serem adotadas. Desde já, manifestamos nosso pesar e solidariedade aos familiares de todas as vítimas de mais essa tragédia a acometer nosso estado”, acrescentou.
Entre as vítimas mortais está o inspetor de polícia André Leonardo de Mello Frias, informou a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Segundo informações do jornal Extra, o polícia que morreu chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, mas não resistiu. Outros dois agentes da polícia também foram atingidos durante o confronto.
De acordo com a mesma fonte, uma pessoa foi ferida na favela de Jacarezinho, dois passageiros que estavam dentro de uma estação de metro também ficaram feridos ao serem atingidos por vidro de uma das composições que aparentemente foi atingida por projétil do exterior.
Vídeos divulgados por moradores da favela do Jacarezinho registaram o som de rajadas e explosões em diferentes pontos da comunidade, alvo de uma ação policial chamada operação Exceptis.
Numa nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou que a operação realizada contra traficantes do CV, a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, que atuam na comunidade do Jacarezinho, foi uma ação em conjunto com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
“A investigação teve início a partir de notícias recebidas pela DPCA de que traficantes vêm aliciando crianças e adolescentes para integrar a fação que domina o território. Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, assaltos a pedestres, homicídios e sequestros de comboios da SuperVia, entre outros crimes praticados na região”, referiu a nota da polícia ‘carioca’.
Os investigadores acrescentaram que com base em informações preliminares realizaram um trabalho de investigação que identificou 21 membros do alegado grupo criminoso, todos responsáveis por garantir o domínio territorial da região com utilização de armas de fogo.
“Foi possível caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra com centenas de ‘soldados’ munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo o tipo de acessórios militares”, explicou a Polícia Civil.
A região do Jacarezinho é considerada um dos quartéis-generais da fação Comando Vermelho na zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Civil ‘carioca’, devido à dificuldade de se operar no terreno, devido às barricadas e das táticas de guerrilha realizadas pelos grupos criminosos, o local abriga uma quantidade relevante de armamentos, que seriam utilizados na retoma de controlo de territórios perdidos para fações rivais ou para se reforçar de possíveis investidas das polícias.
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