Treinador de futebol alicia menores com fotos de atriz porno
O pedófilo, de 46 anos, foi condenado a nove anos de prisão pelos crimes de abuso sexual de crianças e de pornografia de menores. Entre 2016 e 2019 fez oito vítimas.
O pedófilo, de 46 anos, casado e com dois filhos, começou a aliciar menores nas redes sociais em meados de março de 2016. Para tal, utilizou fotografias de uma antiga atriz de filmes pornográficos e criou perfis falsos no Facebook e no Instagram. Aí afirmava ser uma jovem de 20 anos, que ainda se encontrava a viver na casa dos pais. O arguido, treinador de futebol de camadas jovens, fez oito vítimas entre 2016 e 2019.
As vítimas, rapazes entre os 12 e os 16 anos, enviavam fotos e vídeos de cariz sexual. O acórdão explica que o arguido começou por aliciar os menores através do Facebook. Contactou a primeira vítima através do perfil falso e depois de trocas de mensagens pediu imagens de cariz sexual. O menor aceitou e enviou vários ficheiros. Mais tarde o irmão desta vítima foi também envolvido, tendo o pedófilo conseguido levar os dois menores (e irmãos) a manterem relações sexuais e a filmarem os atos.
O Supremo Tribunal de Justiça confirmou agora a condenação do arguido a nove anos de prisão. Foi punido pelo crime de abuso sexual de crianças e nove crimes de pornografia de menores. “É de ressaltar o facto de a conduta do arguido se ter prolongado por cerca de três anos, sem que se tenha confrontado com a anomia (e a anomalia perversa) da sua conduta (…) não podia ignorar nem o significado e o impacto da sua conduta no desenvolvimento da personalidade das vítimas, nem a repulsa social que suscita tal atuação”, explicaram os juízes conselheiros.
Para além de enganar estas vítimas na redes sociais, o treinador chegou também a filmar vários menores despidos nos balneários do clube ao qual pertencia. A Polícia Judiciária de Lisboa encontrou dois vídeos onde se viam vários jovens atletas.
Tal como escreve o Correio da Manhã, foram ainda encontrados mais de 600 ficheiros de pornografia infantil no computador do pedófilo, que trabalhava como programador informático. O arguido está preso desde junho do ano passado. A mulher já assumiu, em tribunal, que vai continuar ao lado do marido depois de este cumprir a pena que lhe foi destinada.
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