Ucrânia diz que Rússia usou como recrutas até 180.000 presidiários

Os serviços de informações ucranianos estimam entre 140.000 e 180.000 os presidiários russos utilizados como soldados na linha da frente da invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Ucrânia diz que Rússia usou como recrutas até 180.000 presidiários

De acordo com o Serviço de Informações Estrangeiras da Ucrânia (SZRU), que citou dados até novembro do ano passado, “a Federação Russa recrutou entre 140 mil e 180 mil pessoas que cumpriam penas por crimes nas prisões russas para participarem na guerra”.

“No total, havia entre 300.000 e 350.000 prisioneiros nas colónias e prisões russas em 2024. Este número é metade do de 2014. A razão para esta diminuição é a guerra russo-ucraniana”, acrescentou o SZRU em comunicado.

O relatório recorda que, na Rússia, a partir de 01 de janeiro de 2025, passa a ser cancelado “o pagamento único em dinheiro aos prisioneiros pela assinatura de um contrato com o Ministério da Defesa” para “participar na guerra contra a Ucrânia”, o que foi interpretado no SZRU como “prova do agravamento da crise na economia russa e da escassez de recursos financeiros”.

Anteriormente, os reclusos recebiam um pagamento único de 1.718 dólares (cerca de 1.660 euros) pelo contrato, segundo os serviços de informações ucranianos.

Em julho de 2024, o valor do pagamento aumentou para 3.524 dólares (cerca de 3.410 euros), assinala o SZRU, explicando que o salário destes combatentes é “duas a quatro vezes inferior à dos outros ocupantes”.

RJP // JH

By Impala News / Lusa

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