Ucrânia: Rússia restringe acesso aos sites da BBC, Deutsche Welle, Meduza e Svoboda

As autoridades russas restringiram hoje o acesso aos ‘sites’ de quatro meios de comunicação independentes, incluindo a edição local da BBC, reforçando ainda mais o controlo sobre as informações uma semana após o início da invasão da Ucrânia.

Ucrânia: Rússia restringe acesso aos sites da BBC, Deutsche Welle, Meduza e Svoboda

De acordo com o regulador dos média russo (Roskomnadzor), o acesso aos sites das edições em russo da BBC e da rádio e televisão internacional alemã Deutsche Welle (DW), o site independente Meduza e Radio Svoboda foi “limitado”. Roskomnadzor indica que as decisões foram tomadas em 24 de fevereiro. Dia em que Vladimir Putin lançou a invasão da Ucrânia. Hoje de manhã, as páginas principais da BBC e da Deutsche Welle abriram de forma intermitente. Mas alguns artigos sobre a guerra na Ucrânia estavam inacessíveis, segundo jornalistas da Agência France Presse em Moscovo. As páginas do Meduza e do Svoboda estavam completamente inacessíveis.

LEIA AINDA
O angustiante relato de um filho ao ver o pai ser assassinado por militares russos [com vídeo] 

A Rússia é regularmente descrita por Organizações Não Governamentais como um dos países mais restritivos do mundo quando se trata de liberdade de imprensa. Mas a situação piorou desde o início da invasão da Ucrânia. As autoridades russas proibiram os órgãos de comunicação social de usar informações que não fossem declarações oficiais. E proibiram o uso de palavras como “guerra” e “invasão”. Na quinta-feira, após o bloqueio de sites pelas autoridades, a emblemática estação de rádio Ekho Moskvy (Eco de Moscovo) anunciou sua autodissolução. E o canal de televisão independente Dojd suspendeu a sua atividade.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia. Com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

Impala Instagram


RELACIONADOS