Vitimas de abusos na igreja chilena ascendem a 245
As investigações sobre casos de abuso sexual na Igreja do Chile levaram à abertura de 139 processos que indiciam a existência de 245 vítimas, estando em investigação um total de 190 pessoas desde maio.
O número foi avançado à agência EFE por fontes das autoridades chilenas.
Em comparação com os números divulgados pela Procuradoria Geral da República na quinta-feira, que continha dados atualizados a partir de 24 de outubro, 15 novos casos foram abertos, 12 novos nomes foram incluídos e 22 novas vítimas foram adicionadas
O Ministério Público do Chile anunciou hoje que subiu de 178 para 222 o número de alegadas vítimas de abusos sexuais praticados por elementos do clero ao longo de anos.
Esta atualização dos números relaciona-se com o aumento gradual das denúncias recebidas pelos diferentes promotores do Chile sobre a participação de pessoas relacionadas ao clero em casos alegados de abuso sexual, poder, confiança, pedofilia ou ocultação.
Em dois meses, aumentaram quase todos os números de investigados: agora há oito bispos, 105 sacerdotes, 5 diáconos, 29 religiosos (não sacerdotes), 10 leigos e 21 pessoas não identificadas.
No início de agosto, num gesto de transparência da Igreja chilena, a Conferência Episcopal do Chile (CECh) publicou uma lista com os nomes de bispos, sacerdotes e diáconos condenados, pela Justiça Civil ou Canónica por abuso sexual de menores.
Essa informação também foi atualizada a 31 de outubro de outubro havendo agora registo de um total de 47 sentenças (mais 3) que envolvem dois bispos, 42 sacerdotes e 2 diáconos.
Esses novos dados foram divulgados a poucos dias do início da Assembleia Plenária da CECh, que se reunirá em Santiago a partir da próxima segunda-feira.
Durante cinco dias, os bispos e administradores apostólicos das diferentes dioceses do Chile irão analisar decisões e compromissos adotados em agosto sobre abusos sexuais.
O papa Francisco aceitou a renúncia de sete bispos chilenos, depois de em maio último os 34 bispos do país terem apresentaram a sua renúncia ao pontífice, reconhecendo que cometeram “sérios erros e omissões”.
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