Vítimas de explosão em base russa trabalhavam em «novas armas»
A agência nuclear russa indicou hoje que cinco especialistas mortos numa explosão na quinta-feira numa base de mísseis nucleares no extremo norte da Rússia trabalhavam em «novas armas», prometendo continuar os testes «até ao fim».
Especialistas norte-americanos consideraram que o acidente, cujo carácter nuclear só foi reconhecido pelas autoridades no sábado, poderá estar ligado aos testes do míssil de cruzeiro «Burevestnik», uma das novas armas que o Presidente russo, Vladimir Putin, classificou de «invencíveis» no início do ano.
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Testes de novas armas vão prosseguir «até ao fim»
A agência nuclear da Rússia, a Rosatom, celebrou esta segunda-feira, 12 de agosto, a memória daqueles seus cinco funcionários, assegurando querer «continuar o trabalho sobre os novos tipos de armas, que será prosseguido até ao fim». «Cumpriremos os deveres que a nossa Pátria nos confiou. A sua segurança será totalmente garantida», disse o diretor-geral da Rosatom, Alexei Likhatchev, citado pelas agências russas.
Explosão aumenta a radioatividade na área
Após o acidente, o Ministério da Defesa russo explicou que a explosão ocorreu durante ensaios com «um motor a jato de combustível líquido», sem referir que o acidente envolvia combustível nuclear. Só no sábado as autoridades russas admitiram que a explosão na base, no extremo norte do país, provocou um breve aumento da radioatividade na área e levou ao encerramento de uma zona próxima.
Aberta em 1954 e especializada em ensaios de mísseis da frota russa, nomeadamente mísseis balísticos, a base situa-se perto da localidade de Nionoksak. Milhares de pessoas participaram hoje no funeral dos cinco especialistas nucleares, que vão ser condecorados a título póstumo. O funeral decorreu na cidade de Sarov, onde se localiza o principal centro de investigação nuclear da Rússia.
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