Prematuro que nasceu com apenas 22 semanas já teve alta

Prematuro de 22 semanas, que nasceu com pouco mais de meio quilo, já teve alta. As chances de sobrevivência não chegavam aos 5%.

Austin nasceu prematuro às 22 semanas de gestação – cerca de cinco meses – e desafiou a Medicina. Em Inglaterra, na idade em que o bebé nasceu, ainda é permitido abortar. No momento em que se deu o parto, Austin ainda tinha os pulmões por formar na totalidade. Não tinha orelhas, pestanas nem sobrancelhas.

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Helen, de 30 anos, mãe de Austin, contava com apenas cinco semanas de gestação quando começou a ter graves dores de estômago e sangramento. Foi levada para o hospital e os médicos nada conseguiram fazer para evitar o parto.

O bebé chegou ao mundo duas semanas antes do limite legal para um aborto. Conscientes da gravidade da situação, os pais foram questionados para saber se queriam que o filho recebesse assistência médica.

«Se nascer a respirar, queremos que façam tudo o que estiver ao vosso alcance», responderam os pais do prematuro, Helen e o marido Rhys, de 25 anos

Os médicos atenderam ao pedido e conseguiram manter o bebé vivo. Austin tinha a pele translúcida e podiam ver-se os órgãos todos. «Puseram a incubadora ao meu lado para que pudesse vê-lo enquanto se agarrava à vida. Eu estava aterrada, sabia que ia ser uma luta muito grande, mas que ele iria vencer», conta a mãe.

Na sequência de uma infeção pulmonar, Austin foi transferido para outro hospital, onde foi operado com sucesso e onde permaneceu nos cuidados intensivos durante dois meses.

«Sei que temos de ter muita calma, mas o pior já passou. Nunca rezei tanto», sublinha a mãe

No decorrer desse período, os pais foram informados de que o menino podia perder a vida a qualquer momento. Contudo, Austin superou todos os obstáculos e foi crescendo e ficando cada vez mais forte.

«Cresceu tanto que agora tenho de o agarrar com as duas mãos. Já é maior do que a mão do pai. Sei que temos de ter muita calma, mas o pior já passou. Nunca rezei tanto e sei que foi um milagre trazê-lo para casa», sublinha a mãe.

O caso deste prematuro é duplamente raro. A mãe engravidou contra todas as probabilidades, pois sofria de ovário poliquísticos, um dos maiores motivos da infertilidade.

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