Presidente Trump culpa programa de vistos americano após ataque em Manhattan
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer acabar com o Programa de Lotaria de Vistos de Diversidade e substitui-lo por uma “imigração baseada no mérito”.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer acabar com o Programa de Lotaria de Vistos de Diversidade e substitui-lo por uma “imigração baseada no mérito”.
A crítica de Trump, feita através da rede social Twitter, como já vem sendo hábito, é a resposta ao ataque que causou oito mortos e 11 feridos em Manhattan, na terça-feira.
No tweet publicado hoje, Trump diz que o condutor da carrinha que investiu contra quem passava numa ciclovia no coração de Nova Iorque chegou aos Estados Unidos através do Programa de Lotaria de Vistos de Diversidade, “uma beleza do Chuck Schumer”, senador democrata do estado de Nova Iorque.
“Estamos a lutar arduamente por uma imigração baseada no mérito, não queremos mais sistemas de lotaria democratas. Temos de nos tornar muito mais duros (e espertos)”, frisou Trump.
Logo a seguir ao ataque de terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos tinha anunciado o reforço do controlo das entradas de estrangeiros no país.
O senador Schumer respondeu a Trump, igualmente na rede social Twiter. “O Presidente Trump, em vez de politizar e dividir a América, o que sempre parece fazer em épocas de tragédia nacional, devia unir-nos”, criticou, acrescentando: “O Presidente Trump devia focar-se na solução real – o financiamento do antiterrorismo, que ele propôs cortar no mais recente orçamento.”
Para além de Trump, nenhuma autoridade oficial referiu a ligação do atacante ao Programa de Lotaria de Vistos de Diversidade, noticiada pela estação ABC.
O referido programa eletrónico seleciona aleatoriamente imigrantes de países com baixas taxas de migração para os Estados Unidos. Anualmente, cerca de 50 mil pessoas entram no país através do programa, que abre caminho à cidadania americana.
O que já foi confirmado é que o atacante tem autorização de residência permanente nos Estados Unidos, onde vive desde 2010.
Segundo o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, o autor do ataque “está ligado” ao autoproclamado Estado Islâmico e “radicalizou-se” nos Estados Unidos.
A identidade do atacante não foi divulgada oficialmente pelas autoridades (que disseram simplesmente tratar-se de um homem de 29 anos), mas, segundo a comunicação social local, trata-se de Sayfullo Saipov, de 29 anos, natural do Uzbequistão. Com carta de condução da Flórida, tem residência em Nova Jérsia. Segundo o jornal New York Times, trabalhava como motorista da Uber e já estaria no radar da polícia americana.
O ataque – o primeiro em Nova Iorque com registo de mortos desde os atentados contra o World Trade Center a 11 de setembro de 2001 — causou oito mortos, entre os quais seis estrangeiros (uma belga, cinco argentinos), e feriu onze pessoas (cinco das quais estrangeiras: três belgas, uma alemã e um argentino), que estão hospitalizadas, mas fora de perigo.
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