Previsões indicam verão difícil no que toca aos fogos

O presidente da Agência Gestão Integrada de Incêndios Rurais justificou hoje o aumento de meios aéreos para a próxima época de fogos com a possibilidade de um verão difícil devido ao inverno seco.

Previsões indicam verão difícil no que toca aos fogos

“Há mais meios aéreos este ano, porque estamos com um inverno pouco chuvoso e nós já sabemos quando há um inverno pouco chuvoso temos de estar mais atento”, disse Tiago Oliveira, em conferência de imprensa destinada a apresentar a campanha “Portugal chama”.

O presidente da AGIF foi questionado sobre o aumento de meios aéreos já anunciado pelo ministro da Administração Interna, contando este ano o dispositivo de combate a incêndios florestais com 61 meios aéreos, mais cinco do que em 2018.

Segundo Tiago Oliveira, um inverno mais seco aumenta a possibilidade do risco de incêndio para o próximo verão.

“Há um ou outro estudo da Proteção Civil que recomenda um reforço de meio, por exemplo a Norte”, frisou o mesmo responsável, acrescentando que “o processo é dinâmico” e “é melhor estar do lado seguro da equação enquanto não se consegue reduzir as ignições”.

Tiago Oliveira disse também que o reforço de meios aéreos “é uma medida prudente no mínimo”.

No entanto, o presidente da AGIF considerou que o objetivo é reduzir o número de ignições através da alteração de comportamentos.

“Nada servem os meios aéreos se não se reduzir o número de ignições”, frisou, sublinhando que o sistema de combate e de prevenção têm limites e estão cada vez mais expostos à meteorologia.

A AGIF, que funciona sob a alçada direta do primeiro-ministro, António Costa, entrou em funcionamento esta semana e é responsável pelo planeamento, avaliação e coordenação das entidades envolvidas na prevenção e combate aos incêndios.

A gestão e o comando dos meios aéreos de combate a incêndios é feita este ano pela primeira pela Força Aérea.

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