O setor dos ginásios e ‘fitness’, que abrange mais de meio milhão de clientes em Portugal, é um dos mais afetados negativamente devido à pandemia de covid-19, com quebras de receitas de 100 milhões de euros. Fechados há quase dois meses, muitos espaços ainda não têm data prevista para a abertura, é provável que alguns comecem a funcionar em maio, de forma faseada, e outros optem por continuar encerrados, além das datas prováveis previstas pelo Governo, que se estendem até início de junho. José Carlos Reis, presidente da Associação de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), já revelou algumas das medidas que os ginásios vão tomar para garantir a segurança e o bem-estar dos sócios.

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Medidas sugeridas e que devem ser aprovadas pelo Governo

A AGAP entregou um conjunto de procedimentos para o arranque da atividade que espera vir a ter parecer positivo da Direção Geral de Saúde e do Conselho de Ministros esta quinta-feira, 30 de abril. Por forma a garantir o distanciamento social, é sugerido que nas salas só exista um aluno por cada quatro metros quadrados. As aulas de grupo terão de ser reservadas previamente, pois em certas situações poderão estar presentes apenas duas pessoas. As aulas devem ser mais espaçadas, mínimo 15 minutos, para permitir a renovação do ar entre elas.

Esta gestão terá de ser feita por cada clube através de um software que gere o controlo de acesso às instalações, evitando que se formem filas à porta. Já no que diz respeito às salas das máquinas a limitação das pessoas deverá corresponder a 50% dos equipamentos disponíveis antes do encerramento do clube. Cada aluno só pode permanecer no ginásio durante 1 hora.

Chuveiros fora de uso

Paralelamente, deverão ser instaladas proteções de vidro ou acrílico nos balcões de atendimentos presencial; o contacto físico entre técnicos e clientes deve ser evitado ao máximo e sempre que possível se contemple um horário exclusivo para seniores. As piscinas podem também reabrir com a ocupação reduzida a metade.

Também a zona dos balneários requer medidas acrescidas para controlar a propagação da covid-19. A Associação de Ginásios e Academias de Portugal avançou ao Observador que a capacidade deste espaço deve ser reduzida para metade e durante as duas primeiras semanas de atividade seja vedado o acesso aos duches.

Texto: Carla S. Rodrigues

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