Quase 40 policias feridos em vigília pela morte de três crianças em Southport
Quase 40 polícias ficaram feridos na terça-feira à noite devido a distúrbios violentos em Southport, no noroeste da Inglaterra, no final de uma vigília pela morte de três crianças num esfaqueamento num parque recreativo, informaram hoje as autoridades.
“Atendemos 39 pacientes no total, todos policiais: 27 foram levados ao hospital e 12 foram atendidos e tiveram alta no local”, Southport, informou, em comunicado, o Serviço de Ambulâncias inglês.
Dos polícias feridos, oito sofreram ferimentos graves, incluindo fraturas, enquanto outros sofreram ferimentos na cabeça e no rosto, disseram as autoridades.
A polícia de Merseyside, no noroeste da Inglaterra, admitiu que os envolvidos nos desacatos podem ser apoiantes da Liga de Defesa Inglesa de extrema direita.
Foram incendiados carros, atirados tijolos a uma mesquita local, danificada uma loja e ateado fogo a caixotes de lixo.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que a população de Southport está chocada com “o horror” da situação que ocorreu na segunda-feira.
“[As vítimas e famílias] merecem o nosso apoio e o nosso respeito. Aqueles que sequestraram a vigília pelas vítimas com violência e brutalidade insultaram a comunidade no seu luto”, escreveu hoje Starmer na rede social X.
Já o vice-comissário da Polícia de Merseyside, Alex Goss, disse que os seus agentes enfrentaram “violência grave em Southport” e “infelizmente, os agressores destruíram muros de jardins para conseguir usar tijolos e atacar a polícia”.
“Esta não é a forma de tratar uma comunidade, especialmente uma comunidade que ainda está a recuperar dos acontecimentos de segunda-feira”, acrescentou Goss em declarações à imprensa local.
A agitação ocorreu após um ataque com faca em Southport, na segunda-feira, num centro de férias com o tema de Taylor Swift.
No ataque, Alice Dasilva Aguiar, de nove anos, Bebe King, de seis, e Elsie Dot Stancombe, de sete, morreram após ficarem gravemente feridas.
Um rapaz de 17 anos, cujo nome não pode ser revelado por motivos legais, permanece sob custódia sob a acusação de homicídio e tentativa de homicídio após o ataque.
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