Raríssimas: a tristeza e a revolta de Maria Cavaco Silva
Maria Cavaco Silva está «triste» e «espantada» com a alegada má gestão da Raríssimas, associação da qual é madrinha.
A ex-primeira dama reagiu pela primeira vez ao escândalo de gestão danosa da associação Raríssimas. Mara Cavaco Silva é madrinha da associação ainda presidida por Paula Brito e Costa e esteve, ao longo de vários anos, directamente envolvida com os trabalhos da associação e, em particular, a Casa dos Marcos. Em declarações aos jornalistas a mulher do ex-presidente da república afirmou:
«Nunca desconfiei que pudesse haver má gestão»
«Estou muito espantada e muito preocupada. Muito espantada porque não esperava, muito preocupada porque não podemos prescindir dos serviços que a Raríssimas presta a tantas pessoas. Todos sabem que que funciona bem, não podemos prescindir disso. Não somos suficientemente abonados para deitar fora uma coisa como a Raríssimas».
As primeiras declarações da ex-primeira-dama acontecem no âmbito de uma visita à Fundação AFID Diferença, esta quinta-feira. Emocionada, com a voz embargada e com um tom que poucas vezes lhe costumamos ouvir, Maria Cavaco Silva disse ainda que não falou com Paula Brito e Costa e que «para já» não o pretende fazer.
Ex-primeira dama preocupada com doentes
A preocupação principal de Maria Cavaco silva são, agora, os doentes e a famílias que são cuidadas pelas raríssimas. «Estou triste, com medo que… sempre disse que apoiava as pessoas que estavam nas instituições. E, ao longo deste anos todos, sempre disse ‘as instituiçoes ficam, têm de ficar’», garantiu, com a voz visivelmente embargada, acrescentando: «Sou muito ligada às pessoas que lá estão, que são muito frágeis»
A ligação de Maria Cavaco Silva à Raríssimas tem vários anos. A imagem que lhe mostramos, captada em 2008, retrata a apresentação pública do Conselho Cientifico da Raríssimas.
Texto: Sónia Silva | Foto: Arquivo Impala
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