Recebeu durante 33 anos pensão de invalidez de paciente que morreu sem família
Ao longo dos 33 anos, a mulher apropriou-se, no total, de mais de 205 mil euros.
Um antiga assistente social, agora com 83 anos, foi condenada a dois anos de prisão. A mulher falsificou a identidade para receber a pensão de invalidez atribuída a um doente, falecido há 33 anos. A mulher vai ainda ter ainda de pagar uma multa de mais de 147 mil euros.
Os factos remontam a 1980, quando a agora condenada trabalhava como assistente social no Hospital Psiquiátrico Alonso Vega, em Madrid. Juana Igeña aproveitou-se da morte de Jaime Pons, um doente que não tinha familiares e apropriou-se da sua identidade e dos dados bancários para ficar com a pensão de invalidez que o homem recebia.
Mas não ficou por aqui. Um ano depois, abriu uma conta corrente num banco espanhol em nome do falecido e ali domiciliou o pagamento da pensão. Só que partir de 2008, falsificou uma autorização em nome do homem, assinada com as iniciais do falecido, que lhe permitiu aceder ao dinheiro.
Já em 2013, o banco exigiu a apresentação de uma certidão de vida, documento que a mulher obteve junto do Registo Civil de Madrid. Apresentou-a juntamente com o bilhete de identidade original do homem e uma autorização com a assinatura falsificada.
O Ministério Público pediu inicialmente uma pena de seis anos por um crime de falsificação de documentos e um crime continuado de fraude fiscal, assim como o pagamento de mais de 205 mil euros à Segurança Social e outra multa de quatro mil euros. No entanto, chegou-se a um acordo uma vez que Juana Igeña, diz lamentar os atos e garante que “pagará tudo à Segurança Social”.
Ao longo dos 33 anos, a mulher apropriou-se, no total, de mais de 205 mil euros.
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