‘Stock’ do crédito à economia moçambicana sobe 3,5% em 2024 para mais de 4.100 ME
O ‘stock’ do crédito à economia de Moçambique cresceu 3,5% em 2024, fechando o ano em 286.359 milhões de meticais (4.127 milhões de euros), um novo recorde, indicam dados do banco central consultados hoje pela Lusa.

Segundo dados de um relatório estatístico do Banco de Moçambique, este desempenho revela uma ainda uma ligeira redução em dezembro, tendo em conta o pico de 290.973 (4.193 milhões de euros) em novembro.
Em dezembro de 2023, um ano antes, o crédito total à economia ascendia a 277.159 milhões de meticais (3.995 milhões de euros) em Moçambique.
De acordo com os dados do banco central, o crédito a particulares continuava a liderar no final de 2024, mas caiu para 92.175 milhões de meticais (1.328 milhões de euros), após máximos mensais consecutivos.
Segue-se o setor dos transportes e comunicações, cujo total de crédito concedido pela banca voltou a cair ligeiramente em dezembro, para 24.710 milhões de meticais (356 milhões de euros), o comércio, com quase 24.389 milhões de meticais (351,3 milhões de euros), e a indústria transformadora, que recuou para 24.214 milhões de meticais (348,8 milhões de euros).
A taxa de juro de referência para o cre´dito em Moc¸ambique desceu em março mais 50 pontos percentuais, para 18,50%, o quinto corte nos últimos seis meses, divulgou a Associac¸a~o Moc¸ambicana de Bancos (AMB).
Nos últimos seis meses, apenas em fevereiro a taxa tinha ficado inalterada, em 19%, depois de quatro cortes mensais consecutivos, segundo o histórico do AMB.
Desde janeiro de 2024 que a taxa, conhecida como ‘prime rate’, estava em queda, apo´s seis meses consecutivos em ma´ximos de 24,1%.
As oscilac¸o~es da ‘prime rate’ esta~o associadas a` taxa de juro de poli´tica moneta´ria (taxa MIMO, que influencia a fo´rmula de ca´lculo da ‘prime rate’) pelo banco central, para controlar a inflac¸a~o.
O Comite´ de Poli´tica Moneta´ria (CPMO) do Banco de Moc¸ambique decidiu no final de janeiro uma nova descida da taxa de juro de poli´tica moneta´ria MIMO, de 12,75%, que estava em vigor desde final de novembro, para 12,25%, cortando igualmente nos coeficientes de reservas obrigato´rias.
“Esta decisa~o decorre da manutenc¸a~o das perspetivas da inflac¸a~o em um di´gito, no me´dio prazo, na~o obstante o aumento dos riscos e incertezas associados a`s projec¸o~es, com destaque para os decorrentes da tensa~o po´s-eleitoral, o risco fiscal e os choques clima´ticos”, refere-se no comunicado final da reunia~o do CPMO, que se realiza a cada dois meses.
A pro´xima reunia~o do Comite´ esta´ agendada para 26 de marc¸o.
“Adicionalmente, o CPMO decidiu reduzir os coeficientes de reservas obrigato´rias para os passivos em moeda nacional, de 39% para 29%, e em moeda estrangeira, de 39,50% para 29,50%, visando disponibilizar mais liquidez para apoiar a economia na reposic¸a~o da capacidade produtiva e da oferta de bens e servic¸os”, acrescenta-se no comunicado da reunia~o.
PVJ // SB
By Impala News / Lusa
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