A suspensão das aulas presenciais vai continuar, avança António Costa. Terceiro período será com ensino a distância até ao 9.º ano. Início do terceiro período para o ensino básico a 14 de abril, mas sem presenças.

“Este é um sacrifício que se justifica: a suspensão das actividades lectivas nas escolas deu um contributo decisivo no controlo da pandemia e tem sido uma ajuda preciosa para os profissionais de saúde”, afirma o primeiro-ministro, numa declaração ao país.

As ferramentas para professores e alunos estão a ser reforçadas. Apesar do ritmo de desaceleração da pandemia, ainda não chegámos ao dia em que podemos começar a levantar as medidas de restrição e de afastamento social. Só o podemos fazer quando o risco for controlável, sendo que a comunidade científica ainda não o pode prever com a segurança necessária”, sublinha.

“Quando anunciei a decisão do Governo de suspender até às férias da Páscoa, comprometi-me a reavaliar esta medida no dia 9 de Abril. Sei que está é uma decisão aguardada com muita angústia e ansiedade”, diz António Costa.

O primeiro-ministro confirma ainda que os exames de 9.º ano e as provas de aferição serão canceladas.

3º período à distância em transmissão televisiva a partir de dia 20 na RTP Memória

“O terceiro período continuará com ensino à distância emissão televisiva com conteúdos pedagógicos que complementarão mas não substituirão o trabalho que os professores têm vindo a desenvolver com os seu alunos. Emissões diárias serão transmitidas a partir de dia 20 de abril no RTP Memória, emitido por cabo ou satélite e por TDT”.

Cada bloco horário terá conteúdos para cada dois anos letivos, começando no primeiro e segundo até ao 9º, de manhã até ao final da tarde. O primeiro-ministro informou também que a RTP2 terá atividades para os alunos em idade pré-escolar.

António Costa reitera ainda que a“avaliação do ensino básico será feito em cada escola pelos professores que conhecem melhor cada aluno, sem provas de aferição e sem exames do 9º ano”.

No que concerne ao ensino secundário e” havendo menos oportunidade de recuperação futura e sendo anos decisivos para acesso ao ensino superior e regresso à vida ativa, é particularmente importante que ainda possamos retomar as atividades letivas presenciais. Tanto mais que é tal a diversidade de disciplinas que não podemos recorrer à transmissão televisiva. Contudo, hoje ainda não é possível tomar essa decisão”.

Creches mantém-se fechadas

Sobre o pré-escolar, as atividades só podem ser tomadas quando forem revistas as atuais regras de distanciamento que são impossíveis de cumprir nas faixas etárias a que corresponde este ensino. 

“Entre os 3 e os 6 anos as crianças movem-se mais”, justifica o primeiro-ministro. Os apoios excepcionais aos trabalhadores por conta de outrem e trabalhadores independentes que fiquem em casa a acompanhar os filhos por causa do encerramento das escolas irão continuar.

 

Exames nacionais terão primeira fase em julho, segunda em setembro

Ainda não se sabe “se e quando” se podem iniciar as aulas do 11º e 12º anos com “segurança” mas para já, o calendário dos exames nacionais fica adiado, decorrendo a primeira fase entre os dias 6 e 23 de julho e a segunda fase entre 1 e 7 de setembro. A atividade letiva deve estender-se até ao dia 26 de junho, revela ainda.

Aulas presenciais apenas das disciplinas sujeitas a exame. Alunos e professores terão de usar máscaras

O 10º ano só terá aulas à distância e no 11º e 12º ano só há aulas presenciais das 22 disciplinas sujeitas a exame específico para acesso ao ensino superior”. Os alunos só farão exames para as disciplinas de acesso e nas aulas presenciais, alunos, professores e trabalhadores não docentes terão de utilizar “máscara de proteção”. O material será disponibilizado pelo Ministério da Educação.

Qualquer aluno, professor ou funcionário no grupo de risco está dispensado de se deslocar à escola.

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Texto: Marta Amorim

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