Túmulos no Vaticano onde estaria jovem desaparecida já foram abertos e estavam vazios
Os túmulos de duas princesas enterradas no século XIX, abertos hoje na esperança de encontrar o corpo de uma adolescente desaparecida misteriosamente em 1983, não tinham quaisquer restos mortais, anunciou o Vaticano num comunicado.
Os túmulos de duas princesas enterradas no século XIX, abertos esta quinta-feira na esperança de encontrar o corpo de uma adolescente desaparecida misteriosamente em 1983, não tinham quaisquer restos mortais, anunciou o Vaticano através comunicado.
«A pesquisa teve um resultado negativo: não foram encontrados restos humanos, nem urnas funerárias», anunciou em comunicado o diretor da sala de imprensa do Vaticano, Alessandro Gisotti.
Os túmulos foram abertos na manhã desta quinta-feira em resposta ao pedido da família da adolescente, Emanuela Orlandi, desaparecida desde 1983.
Logo após a abertura dos túmulos, a advogada da família, Laura Sgro, mostrou surpresa com o resultado. «Os túmulos estão vazios. Estamos todos surpreendidos», afirmou e a advogada.
O pedido da família surgiu após a advogada ter recebido uma carta anónima com a sugestão de que o corpo de Emanuela poderia estar num dos túmulos, localizados num pequeno cemitério da Cidade do Vaticano. As famílias das duas princesas concordaram com as buscas e já «foram informadas sobre o resultado», afirmou a fonte do Vaticano.
O túmulo da princesa Sophie von Hohenlohe (morta em 1836) e o da princesa Charlotte-Frédérique de Mecklembourg (morta em 1840) estavam ambos completamente vazios. Estão em curso verificações nos arquivos para conhecer a natureza das obras realizadas naquele cemitério, algumas das quais datam do fim do século XIX e outras dos anos 1960 e 1970.
Emanuela Orlandi desapareceu em 1983
Emanuela Orlandi desapareceu a 22 de junho de 1983, quando tinha 15 anos, após sair de casa, no Vaticano, para ir a uma aula de música em Roma. O seu caso é um dos mais persistentes mistérios de Itália, havendo teorias da conspiração a implicarem a máfia ou o Vaticano.
O caso de Orlandi voltou a ganhar atenção recentemente após o surgimento de uma pista anónima sobre o local onde pode estar enterrado o corpo da rapariga. Há muito tempo que a família de Emanuela Orlandi exige o acesso aos documentos do Vaticano sobre o desaparecimento.
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