Ucrânia: Forças militares bielorrussas receberam ordens para cruzar fronteira e atacar
Forças militares da Bielorrússia receberam ordens para cruzar a fronteira rumo à Ucrânia e vão receber indicação para atacar o país vizinho, revelou o Comando Geral das Forças ucranianas.
Forças militares da Bielorrússia receberam ordens para cruzar a fronteira rumo à Ucrânia. E vão receber indicação para atacar o país vizinho. Que enfrenta uma invasão russa, revelou hoje o Comando Geral das Forças Armadas ucranianas. Perto da região de Volhynia, no oeste da Ucrânia e na fronteira com a Bielorrússia ao norte e com a Polónia a oeste, “38 brigadas de assalto aerotransportadas estão numa área arborizada”, referiu a fonte das Forças Armadas da Ucrânia através da rede social Facebook. “De acordo com as informações disponíveis, o comando da unidade militar foi ordenado a cruzar a fronteira com a Ucrânia”, salientou.
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De acordo com o Comando Geral das Forças Armadas da Ucrânia, “a ordem de combate será dada depois de cruzarem a fronteira”. A mesma fonte referiu que o estado moral e psicológico das forças bielorrussas é “muito baixo”. E que “os oficiais e militares não querem desempenhar o papel de mercenários russos”. “Um número significativo manifestou-se a favor da rescisão dos contratos, que expiram principalmente em maio”, acrescentou. O Presidente da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, reiterou em várias ocasiões, nos últimos dias, que não tem planos para atacar a Ucrânia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia. Com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países. O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho. Afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender. E garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. A União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia. E o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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