As primeiras horas de referendo na Catalunha foram marcadas por momentos de tensão e violência, durante esta manhã, de 1 de outubro. A polícia Nacional e a Guarda Civil espanholas colocaram vários agentes policiais nas assembleias de voto, com o intuito de impedir a realização do referendo, tendo em conta que o mesmo foi considerado inconstitucional pela Justiça espanhola.

No entanto, milhares de eleitores reuniram-se à porta de colégios eleitorais, desde a madrugada do dia hoje, para garantir que as autoridades não encerravam os locais de voto.

Em reacção, dezenas de agentes policiais entraram em vários destes locais e apreenderam urnas, panfolhetos e listas de eleitores. Para além do material eleitoral, as autoridades detiveram vários manifestantes independentistas.

De acordo com a imprensa internacional, ocorreram casos de “uso injustificado e irresponsável da violência por parte do Estado espanhol”

Em alguns destes colégios eleitorais ocorrem vários incidentes e cenas de tensão, onde agentes da policia e manifestantes entraram em confrontos físicos. Balas de borracha foram disparadas. A situação mais critica deu-se em Sant Julia de Ramis, em Girona, onde esperava-se a presença de Carles Puigdemont.

Serviços de Saúde falam em 465 feridos, 2 em estado grave

Último balanço dos serviços de emergência médica é de 465 feridos, sendo que dois feridos estão em estado grave.

Conduto, os Serviços de Saúde da Catalunha informaram que o número de pessoas feridas nos distúrbios relacionados com o referendo ascende, neste momento, a 91 pessoas, menos de um terço dos 337 mencionados anteriormente pelo governo regional.

Um porta-voz dos Serviços de Saúde catalães precisou que “deram entrada nos hospitais e centros de saúde 337 pessoas, a maioria por se terem sentido mal ou por problemas ligeiros, mas entre eles 90 feridos e um ferido grave, num olho”.

Segundo o Sistema de Emergências Médicas (SEM) da região da Catalunha confirmou ter assistido 38 pessoas,  três em estado grave, na sequência de confrontos referentes a incidentes relacionados com o referendo. No entanto, dados revelados pelo Governo espanhol apontam para 337 feridos.

“Há 337 pessoas feridas ou com contusões. Pedimos aos feridos que façam uma denúncia junto dos Mossos d’Esquadra (polícia regional)”, declarou em conferência de imprensa o porta-voz da Generalitat, Jordi Turull.

O porta-voz dada Generalitat referiu também que 73% das mesas de voto estão a funcionar, apelou ao voto no referendo e à “defesa de forma cívica e pacífica do direito fundamental ao voto”.

Siga a Impala no Instagram