Cinco argumentos contra e a favor da existência de Deus

Trata-se de um dos temas mais debatidos pela Humanidade – Deus existe? Eis cinco argumentos contra e a favor usados para provar a existência de uma ou mais divindades.

Cinco argumentos contra e a favor da existência de Deus

A existência de um deus é um dos temas mais debatidos pela Humanidade. Envolve debates religiosos, filosóficos e científicos embora a maior parte da população mundial acredite em alguma forma divindade. Haverá alguma prova científica de que Deus existe?

Para ler depois
ChatGPT preparado para criar a sua própria religião “a partir de textos sagrados”

Não haverá nada como testar a sua existência, já que é alegadamente um ser numa dimensão distinta da nossa. Entre cientistas e filósofos, vários argumentos surgem na tentativa de responder à grande dúvida de uma vez por todas. Eis os cinco principais a favor e contra.

5 argumentos contra e a favor da existência de Deus

1. Argumentos cosmológico

O argumento cosmológico para a existência de Deus tem como linha de pensamento a premissa de que para algo existir, tem de haver uma causa que explique essa existência. Se o universo, nalgum momento, começou a existir, deve ter alguma causa. O universo em si não pode ser a sua própria causa. Portanto, essa causa tem de estar além do espaço-tempo, sem começo nem causa, ser atemporal, não espacial, imutável e imaterial.

Esta argumentação não está isenta de críticas. O matemático e filósofo Bertrand Russell diz que “se o universo não precisa de um criador, podemos dizer que o próprio universo não precisa de um criador”.

2. O argumento dos males

“Se existe um Deus tão bondoso, por que é que há tanta pobreza no mundo?” Já todos colocaram esta questão em algum momento da vida. Em face desta dúvida, os argumentos seguem duas linhas. A primeira é a de que Deus não é omnipotente (ou nem sequer existe) e a segunda é a de que não acaba com os males porque não quer.

“Deus está disposto a prevenir o mal, mas incapaz?” Então não é omnipotente. “Ele é capaz, mas não está disposto?” Então é malévolo. “É capaz e disposto?” Então de onde vem o mal? – questionou o filósofo grego Epicuro, cerca de 300 a.C.

3. O argumento teleológico

O argumento teleológico – conhecido também por ‘argumento do design’ – afirma que se o mundo tão complexo é porque há um criador. O argumento segue a linha de pensamento que diz que os objetos que o homem criou foram criados com uma intenção, com um design e com algum propósito. Se o universo se assemelha aos objetos feitos pelo homem é porque deve haver uma criação com intenção, design e propósito.

4. Bule de chá de Russell

Russel incita-nos a imaginarmos um bule gigante a flutuar na órbita do Sol. É impossível detetá-lo. A quem cabe, desta forma, provar que o bule gigante a vaguear pelo Espaço é real? Russel diz que a afirmação deve ser provada por quem a fez e não por quem se opõe à ideia.

O argumento assemelha-se à história do dragão na garagem de Carl Sagan. No entanto, algumas críticas a Russel dizem que ninguém razoável acreditaria num bule gigante no Espaço, mas que muitas pessoas razoáveis são crentes na existência de Deus.

5. Argumento ontológico

A ontologia pertence à metafísica (área fundamental da Filosofia). A ontologia estuda o ser, o existir e a realidade. O argumento ontológico a favor da existência de Deus não foge a isto. Basicamente, o argumento ontológico parte do pressuposto de que se existe um Deus, ele é perfeito – um fato para os crentes.

Se ele é perfeito, então possui todas as perfeições possíveis de todas as formas possíveis. Nesse âmbito, a existência é uma perfeição. Logo, por Deus ser perfeito, e ser a existência uma perfeição, ele existe.

Esta quinta e última linha de raciocínio pertence a René Descartes, um dos pais da filosofia moderna e grande matemático que inspirou o nome, por exemplo, do plano cartesiano, importantíssimo na geometria.

Impala Instagram


RELACIONADOS